Laerte Cerqueira: jornalismo profissional
é obrigado a combater desinformação
Descrição para cegos: foto de Laerte Cerqueira durante a gravação do programa, falando ao microfone. |
O jornalista Laerte Cerqueira entende que as redes sociais e
seu uso como disseminadoras de mentiras e calúnias, entre outras ofensas à
verdade, obrigam o jornalismo profissional a se preocupar e a combater a
desinformação, não se limitando a produzir informação qualificada, acreditada.
Entrevistado nessa quarta-feira (3) no Observatório Debate,
programa do Observatório Paraibano de Jornalismo (OPJor) no YouTube, Laerte também
abordou o excessivo espaço que o chamado jornalismo político dá a futricas políticas
em detrimento de graves problemas da população paraibana.
Informou que esse rame-rame é alvo de discussão e tentativas
de superação no núcleo de análise política que coordena na Rede Paraíba de
Comunicação, onde trabalha (inclui as TVs Cabo Branco, de João Pessoa, e
Paraíba, de Campina Grande, além de duas rádios CBN, portais G1 Paraíba e
Jornal da Paraíba).
Observou, contudo, que mesmo meramente especulativo o
ramerrão também gera audiência. “Não vou dizer a você que a gente não entra
nisso”, admitiu, mas ressalvando que o jornalista de política na Paraíba muitas
vezes não pode ou não quer buscar informações que possam “mexer com o status
quo”.
Membro licenciado do Observatório Paraibano de Jornalismo, por
ter assumido a editoria-geral de Jornalismo da Rede Paraíba, Laerte mantém a
crítica de mídia na atividade acadêmica, escrevendo artigos científicos nos
quais trata da desinformação, de curadoria da informação e do que chama de
‘telejornalismo de brechas’.
Ele faz parte ainda da Telejor, a Rede de Pesquisadores em
Telejornalismo do Brasil. E assim continua produzindo academicamente, inclusive
por ser também professor colaborador permanente, como Doutor em Comunicação, do
Mestrado em Jornalismo da Universidade Federal da Paraíba (UFPB).