sexta-feira, 17 de dezembro de 2021
Observatório de Jornalismo estreia no YouTube
O inquietante silêncio da mídia sobre o vertiginoso ataque à ciência brasileira
por Joana Belarmino (observadora credenciada)
Iniciado o período pandêmico, em março de 2020, as universidades brasileiras foram forçadas a migrar para o trabalho em home office, uma solução necessária, mas que envolveu dificuldades, constrangimentos e, sobretudo, extrema vulnerabilidade à segurança e à integridade moral de docentes e discentes.
Os ataques às universidades e mesmo à ciência brasileira já haviam sido deflagrados a partir do início do governo Jair Bolsonaro. Vale aqui um breve inventário desse processo catastrófico: - classificação do trabalho universitário como “balbúrdia”, feita pelo primeiro ministro a ocupar a pasta da Educação; - bloqueio dos orçamentos universitários, pondo em risco ações de custeio, pesquisas científicas e pagamento de bolsas em todas as instituições de ensino superior da esfera federal do país; - o não reconhecimento dos resultados eleitorais para reitores, promovendo a ocupação dos cargos por interventores em várias universidades, a exemplo da UFPB; - imposição de censura à cátedra universitária, com medidas abusivas como a de solicitar aos estudantes a gravação de críticas dos docentes à atual conjuntura.
terça-feira, 14 de dezembro de 2021
INDUÇÃO DE PAUTA
Quando não cabe dar uma de João sem Braço
Descrição para cegos: reprodução do quadro ‘Mona Lisa’, pintado pelo italiano Leonardo da Vinci, que retrata uma mulher de sorriso tímido e braços suavemente cruzados sobre a cintura. |
por Rubens Nóbrega (observador credenciado)
Jornalista que é jornalista não pode imitar
o mendigo da idade das trevas (não a contemporânea) que escondia um dos braços
sob a camisa para se passar por mutilado e assim receber alguma benesse dos
poderosos ou ricos piedosos.
Jornalista que é jornalista não pode
fazer a egípcia ou a Mona Lisa, ou seja, fingir que não vê, não sabe ou, se
sabe, não dar a devida importância quando o assunto é do interesse público, de
quem precisa de informação verdadeira, acreditável.
Na contramão das enrolações ou
omissões caminham as sugestões a seguir, oferecidas com o único propósito de
lembrar ou provocar apuração, revisitação ou aprofundamento de fatos que podem
causar ou já causaram impacto na Paraíba.