sábado, 4 de setembro de 2021

Entre pitayas e um telescópio: duas pautas excelentes no JPB1

Descrição para cegos: foto mostra imagem obtida da reportagem sobre cultivo de pitaya. Nela aparece a metade da fruta cortada ao meio, vendo-se as pequenas sementes incrustradas na polpa. Na parte de baixo da imagem, está a cartela do JPB1, com as seguintes legendas: "Cultivo de pitaya em São Mamede" e "fruta é rica em fibras e vitaminas e sertanejos estão investindo no plantio".

Por Joana Belarmino (observadora credenciada)

O JPB1 de ontem (sexta-feira, 3 de setembro), trouxe duas pautas excelentes. A primeira tratou da participação daParaíba na ida do homem à lua, através de um telescópio construído por Afonso Pereira, e que fazia parte do acervo tecnológico da Associação Paraibana de Astronomia.
O laboratório, de grande alcance para o espectro observacional da nossa galáxia, e mais particularmente para coletar informações sobre nosso satélite, está hoje abandonado, num prédio também em ruínas, no centro da cidade, Rua 13 de Maio.


A reportagem, ainda que não o diga, deixa para nossa interpretação, pelo menos duas constatações: a Paraíba tem uma história bonita, para além da história oficial conhecida, que lamentavelmente não está sendo preservada, nem monetizada, para o fortalecimento do turismo, da economia criativa e de projetos em educação e cultura. 
A segunda constatação diz respeito ao jornalismo científico, artigo tão escasso dentro da produção de conteúdos de reportagens em nossos veículos de comunicação.
Da minha parte, vou mobilizar meus alunos para recuperarmos a história desse observatório e seus personagens, através de reportagens científicas sobre o tema.
A segunda pauta foi sobre o cultivo da pitaya no município de São Mamede. Fiquei deliciada. A Paraíba, rica em cactos, está aprendendo a cultivar e consumir a frutinha de cor exótica. A Paraíba é rica, só precisa melhorar as maneiras de descobrir e explorar suas fortunas, que estão amealhadas sobretudo naquilo que o estado guarda em originalidade, singularidade e regionalidade. 
E aqui vai um selo de qualidade para os que fazem o JPB1, e o desejo de que boas novas pautas continuem sendo planejadas.

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