Oficialismo não impede jornalismo, garantem dirigentes
Descrição
para cegos: tela de abertura do programa no YouTube, apresentando, no centro,
uma série de elementos que, juntos, remetem ao jornalismo (notebook, folha de
papel escrita, lente, livros, lápis, etc.). Acima aparece o tema do programa
(Jornalismo Público na Paraíba) e à direita, sob a marca do Observatório, as fotos
de Naná Garcez, Marcos Wéric, Mafalda Moura e Rubens Nóbrega, dispostas em duas
linhas.
Burocracia nas licitações para compra
de novos equipamentos, por exemplo, e demora nas decisões emperram avanços, mas
não a prática jornalística no Jornalismo Público da Paraíba, tema do programa Observatório
Debate realizado quarta-feira (25) com participação de dirigentes de veículos oficiais
de comunicação no Estado.
Iniciativa do Observatório Paraibano
de Jornalismo (OPJor), o Observatório Debate foi transmitido ao vivo pelo YouTube
do Programa de Pós-Graduação em Jornalismo (PPJ) da Universidade Federal da
Paraíba (UFPB). Participaram as jornalistas Mafalda Moura (TV Câmara de João
Pessoa) e Naná Garcez (Empresa Paraibana de Comunicação – EPC) e o jornalista
Marcos Weric (TV Assembleia).
O consenso sobre entraves às melhorias
nos órgãos que representam repetiu-se, entre os convidados, na visão
compartilhada pelos três de que os mesmos problemas apontados por eles não
prejudicam o desempenho jornalístico das emissoras de TV dos legislativos nem
da Rádio Tabajara ou do jornal A União, estes vinculados à EPC.
A TV Câmara cumpre papel relevante na
divulgação jornalística da produção cultural em João Pessoa e também dá voz às
comunidades locais na exposição e discussão sobre problemas da população mais
vulnerável, garantiu Mafalda. Por sua vez, Weric lembrou que dificuldades
mencionadas não atrapalham o jornalismo que a TV Assembleia acentua e expande
em seus canais abertos para o interior do Estado.
Ele ressaltou ainda a contribuição que
a emissora deu à educação pública com a transmissão de aulas para a rede
estadual durante a pandemia, suprindo deficiências do ensino online inacessível
a um grande número de alunos das escolas do Estado. Mafalda também citou que a
TV Câmara de João Pessoa, igualmente, apoia a rede escolar municipal dedicando
uma de suas sintonias às funções de tevê educativa.
Os dois concordaram com Naná Garcez
quanto à capacidade dos chamados órgãos oficiais de imprensa fazerem jornalismo
de qualidade sem interferência nem pressão de cúpula nos poderes aos quais se
subordinam. “O próprio governador (João Azevedo) é um leitor crítico d’A
União”, disse a jornalista, presidenta e fundadora da EPC, criada no atual
governo.
Na sua exposição, Naná foi enfática ao
assegurar que tanto na Tabajara quanto em A União os conteúdos divulgados respeitam
o princípio da impessoalidade que a Constituição impõe a toda a administração
pública. Jornal e emissora estatais não atuam na promoção pessoal ou política
dos dirigentes estaduais, mas na divulgação das ações e programas de governo,
distinguiu a jornalista.
O Observatório Debate dessa quarta-feira foi mediado por Rubens Nóbrega, representando o OPJor em substituição a Zulmira Nóbrega, âncora do programa.
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