quarta-feira, 10 de janeiro de 2024

Cobertura do conflito no Equador pela Globo parece uma chanchada

Descrição para cegos: imagem mostra prisioneiros sem camisa, sentados com as mãos cruzadas na nuca, em um recinto fechado, vigiados por militares armados. 

Por Carmélio Reynaldo (observador credenciado)

Está ridículo a Rede Globo colocar seus correspondentes em Nova York para noticiarem os acontecimentos no Equador. Como o Brasil, esse país fica na América do Sul e, embora seja um dos dois que não tem fronteira conosco (o outro é o Chile), a distância é bem menor. Para agravar a chanchada, as informações apresentadas pela equipe novaiorquina estão disponíveis em vários sites noticiosos equatorianos, acessíveis a qualquer pessoa com acesso à internet.

Podemos até tentar entender o motivo. Um deles se refere à incerteza com relação à segurança de uma equipe enviada para o local, apesar da necessidade que o jornalismo televisivo tem de transformar o noticiário em espetáculo. Assim, em vez de usar um narrador para, daqui do Brasil, dar as notícias que estão sendo fornecidas pelas agências internacionais e disponíveis em portais em todo o mundo, arma-se a cena com correspondentes de Nova York. Aliás, de ontem para hoje, mais de um por telejornal.

Porém, para superar o problema da falta de segurança a uma equipe enviada à região do conflito, é praxe na imprensa mundial a contratação de jornalistas locais que atuam, nesses casos, como freelancers. É assim que as agências de notícia internacionais estão fazendo a cobertura no Equador. 



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