Por Carmélio Reynaldo (observador credenciado)
Está ridículo
a Rede Globo colocar seus correspondentes em Nova York para noticiarem os acontecimentos
no Equador. Como o Brasil, esse país fica na América do Sul e, embora seja um
dos dois que não tem fronteira conosco (o outro é o Chile), a distância é bem
menor. Para agravar a chanchada, as informações apresentadas pela equipe novaiorquina
estão disponíveis em vários sites noticiosos equatorianos, acessíveis a
qualquer pessoa com acesso à internet.
Podemos até tentar
entender o motivo. Um deles se refere à incerteza com relação à segurança de uma
equipe enviada para o local, apesar da necessidade que o jornalismo televisivo
tem de transformar o noticiário em espetáculo. Assim, em vez de usar um
narrador para, daqui do Brasil, dar as notícias que estão sendo fornecidas
pelas agências internacionais e disponíveis em portais em todo o mundo, arma-se
a cena com correspondentes de Nova York. Aliás, de ontem para hoje, mais de um
por telejornal.
Porém, para
superar o problema da falta de segurança a uma equipe enviada à região do
conflito, é praxe na imprensa mundial a contratação de jornalistas locais que atuam, nesses casos,
como freelancers. É assim que as agências de notícia internacionais estão fazendo
a cobertura no Equador.
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