segunda-feira, 22 de novembro de 2021

OBSERVATÓRIO PESQUISA AUDIÊNCIAS

E PREFERÊNCIAS NA MÍDIA DA PARAÍBA

Descrição para cegos: desenho mostra uma mão e parte do antebraço de uma pessoa saindo da tela de notebook visto de lado. Essa mão segura uma lente direcionada um globo que tanto pode ser interpretado como o globo terrestre como a representação do átomo.

A pesquisa faz parte das atividades e esforços do Observatório Paraibano de Jornalismo (OPJor) para o desenvolvimento e melhoria da qualidade do jornalismo paraibano. Abra o link reproduzido abaixo e responda ao questionário, exclusivo para os profissionais das seguintes áreas:

● Jornalismo

● Rádio e TV

● Publicidade e Propaganda

● Produção editorial

● Educomunicação

● Relações Públicas

● Cinema e Vídeo

● Gestão da informação

CLIQUE AQUI PARA ACESSAR O QUESTIONÁRIO DA PESQUISA

quinta-feira, 18 de novembro de 2021

O racismo que atingiu Chico César é transmitido todos os dias nos policialescos

Descrição para cegos: foto de Chico César cantando ao microfone.

Por Mabel Dias (observadora credenciada)

O radialista Bira de Jacumã, da cidade de Conde-PB, fez comentários racistas a respeito do cantor e compositor paraibano Chico César. O preconceito racial do apresentador do programa Fala Conde, que é produzido pela prefeitura da cidade, repercutiu local e nacionalmente. A revista IstoÉ, portais como o UOL e Paraíba Já, trouxeram matéria sobre mais um caso de racismo no Brasil.

Infelizmente, declarações e atos racistas têm se tornado corriqueiros, em um país que tem sua população majoritariamente negra. Seja na mídia ou em outros espaços, os racistas têm se sentido à vontade para vomitar seu preconceito. E isso precisa ser combatido, urgentemente. Mesmo sendo crime no Brasil, não há registros de racistas presos. O caso de Chico César ganhou eco, e até denúncia no Ministério Público Federal (MPF) contra os radialistas que estão na apresentação do Fala Conde.

sábado, 13 de novembro de 2021

RELATÓRIO INTERVOZES

Mídia e religião: vínculo silencia discussão sobre direitos sexuais e reprodutivos

Descrição para cegos: foto mostra um urso de pelúcia na mão de uma criança de costas, a qual veste bermuda jeans. São visíveis apenas a mão que segura o brinquedo e partes do quadril e da coxa.

Por Mabel Dias (observadora credenciada)

Segundo dados da Anis – Instituto de Bioética, 4,7 milhões de mulheres, até os 40 anos, já fizeram aborto no Brasil. 88% têm religião, sendo 56% católicas e 25% evangélicas/protestantes. Essa é uma realidade que está escancarada em pesquisas acadêmicas, de coletivos feministas e de mulheres, de todo o Brasil, mas que ainda encontra muitas dificuldades para ser pautada pela mídia. Na Paraíba, a situação é ainda mais grave.

A maioria dos veículos de comunicação mantém uma estreita relação com algum grupo religioso, evangélico ou católico, e isso dificulta as/os jornalistas fazerem matérias que mostrem esta realidade vivenciada por inúmeras mulheres brasileiras, que precisam recorrer ao aborto. É bom lembrar que no Brasil o aborto é legalizado quando há risco de vida para a mãe, quando o feto é anencéfalo e quando a mulher é vitima de estupro. Está no Código Penal. Não é uma decisão fácil nem as mulheres desejam abortar. Quando tomam essa decisão, há um motivo muito forte para isso. A violência sexual é uma delas. A cultura do estupro é algo real, e tem atingido meninas e mulheres, de todas as idades. Porém, esses assuntos têm sido silenciados pela mídia, brasileira e paraibana. Dados coletados pelo Instituto Patrícia Galvão revelam que meninas de até 14 anos têm sido mães. Na maioria desses casos, essas gravidezes são fruto de estupro.

sexta-feira, 12 de novembro de 2021

DEMOCRATIZAÇÃO DA COMUNICAÇÃO

Marighella, a censura e o jornalismo cartelizado

Descrição para cegos: imagem publicada em jornais da época mostra três fotos de Marighella colocadas lado a lado. Na primeira, ele está de perfil; nas outras duas, de frente, sendo que na terceira está de chapéu. As fotos têm semelhança com as usadas para fichar prisioneiros, impressão reforçada por uma espécie de placa colocada sobre o peito na foto do meio, cujo conteúdo está ilegível.

Por Carmélio Reynaldo (observador associado) 

É preciso registrar: ontem, ao noticiar a morte da jornalista Cristiana Lôbo, o Jornal Nacional citou Lula e Dilma Rousseff entre as personalidades que enviaram condolências. Não sei se o leitor ou a leitora percebeu, mas os nomes dessas duas lideranças estão sendo boicotados já há algum tempo pela Rede Globo e demais veículos que compõem uma espécie de cartel da notícia no Brasil. Essa interdição, sabe-se bem, é só uma parte do esforço para impedir o PT de reassumir a Presidência da República.

O filme Marighella, de Wagner Moura, recentemente lançado, mostra, em vários momentos, o empenho do líder de um dos núcleos da resistência ao golpe de 1964 em conseguir espaço na imprensa para divulgar as ideias da oposição ao regime militar e denunciar prisões, torturas e assassinatos de militantes da esquerda.