O que imprensa não conta sobre os preços dos combustíveis?
Por Carmélio Reynaldo (observador credenciado)
No dia 11 deste mês, gasolina, diesel e gás de cozinha tiveram um aumento nos preços, e nos postos de abastecimento enormes filas se formaram. Um cenário que ficara apenas na lembrança de quem viveu as décadas de 1970 (crise mundial do petróleo) e 1980 (hiperinflação pós ditadura). O assunto, desde então, tem ocupado o noticiário, mas o jornalismo cartelizado que controla a opinião pública aponta para o lado errado, anuviando as responsabilidades, pois, se não faz isso, quebra um dos seus pilares básicos, que é o forte vínculo com o sistema financeiro.
Culpa a guerra na Ucrânia, a alta no preço do petróleo, a defasagem do real em relação ao dólar e até a retenção, por algumas semanas, de reajustes que a Petrobras deveria ter aplicado para seguir os preços internacionais. Não diz que essa disparada de preços com potencial de jogar o país em uma crise econômica igual às do final do século passado é consequência do desmonte da Petrobras acelerado a partir de 2016, tirando-lhe, inclusive, o papel que cabe a uma empresa estatal, de realizar políticas de Estado.