sexta-feira, 29 de outubro de 2021

Prospera na mídia achincalhe a professores e funcionários da UFPB

Descrição para cegos: ilustração com a seguinte citação: "Com o tempo, uma imprensa cínica, mercenária, demagógica e corrupta formará um público tão vil como ela mesmo", de Joseph Pulitzer. 

por Rubens Nóbrega (observador credenciado)

Universidade pública como a UFPB não é só ensino. É também pesquisa que cria conhecimento novo ou inventa coisa nova para melhorar a vida das pessoas. Universidade pública como a UFPB é também extensão universitária que assiste, orienta, mobiliza e organiza gente que precisa melhorar a sua própria vida.

Professor e aluno de universidade como a UFPB não se limitam à sala de aula, ao contrário do que ocorre na quase totalidade das escolas privadas de terceiro grau. E é graças à multiplicidade de funções e missões das universidades federais e estaduais que delas saem os profissionais mais bem preparados para a gestão pública ou iniciativa privada.

sexta-feira, 22 de outubro de 2021

A prisão injusta do senhor Ricardo José

e as violações dos direitos humanos 

Descrição para cegos: foto mostra as mãos e parte dos braços de uma pessoa idosa segurando as grades de uma cela. 

por Mabel Dias (observadora credenciada)


“O cliente do sistema carcerário brasileiro é o preto, pobre, primário e preso por um crime sem violência", Augusto Arruda Botelho - advogado criminalista


Um idoso de 65 anos está preso, injustamente, na Central de Polícia, em João Pessoa. O senhor Ricardo José Santos da Silva é hipertenso e diabético, e passou mal nesta madrugada, pois devido à grave situação, seu quadro de saúde piorou. O idoso foi preso, acusado de um homicídio que aconteceu no estado de Alagoas. A família dele investigou e descobriu que no momento da digitação do documento que determinava a prisão do acusado pelo crime, trocaram os primeiros nomes. Ao invés de José Ricardo foi digitado Ricardo José, nome do idoso que está detido em João Pessoa. Como algo assim acontece num departamento de polícia? O senhor Ricardo José dos Santos Silva não tem nenhum antecedente criminal. O caso dele foi noticiado nesta sexta-feira, 22, no telejornal matinal Bom dia Paraíba, da TV Cabo Branco. Sua filha foi entrevistada pela repórter Zuila David, em frente ao local onde o pai dela encontra-se ainda preso.

quinta-feira, 21 de outubro de 2021

Jornalismo declaratório deixa o público sem respostas


Descrição para cegos: imagem de maquete virtual de edifício-garagem com quatro pavimentos e três rampas de acesso sustentadas por pilastras e vigas, adornadas por gradil.

por Rubens Nóbrega (observador credenciado)

Na definição dos acadêmicos do ramo, jornalismo declaratório é aquele que se baseia exclusivamente ou quase no que dizem as fontes. Algo como teria dito Santo Agostinho sobre o caráter terminativo da palavra imperial. “Roma locuta, causa finita”. Ou seja, se Roma (ou César) falou, é o que há. E pronto! Fim da questão.

Quer ver como é? Vamos lá... Esta semana, pelo menos dois assuntos foram vítimas da cobertura acanhada e rasa desse tipo de jornalismo com que a imprensa paraibana em geral e a de João Pessoa em particular costumam tratar fatos relevantes que envolvem o poder público. Ambos vieram a lume na segunda-feira (18). 

sexta-feira, 15 de outubro de 2021

Qual o papel da imprensa na cobertura de casos de violência contra as mulheres?

Descrição para cegos: foto mostra um laço de fita com pontas cruzadas, sobre uma velha tábua.

por Mabel Dias (observadora credenciada)

Causa-me preocupação quando leio manchetes como essa, publicada em sites da imprensa paraibana: “Mulher é morta após solicitar medida protetiva contra ex-marido na Paraíba.” A notícia foi publicada no dia 11 de outubro, no portal T5, um dia após o feminicídio de Luciana Pereira da Silva, que aconteceu na cidade de Tavares, interior da Paraíba.

Com a existência das redes sociais, sabemos que é comum as pessoas lerem apenas o título das notícias e reportagens. Hoje, nem sequer se procura mais por sites jornalísticos para se informar. As plataformas digitais ocuparam o espaço antes destinado ao jornalismo, e isso é bem preocupante.

sexta-feira, 8 de outubro de 2021

ABORDAGEM RESTRITA

Maior parte da imprensa ignora denúncia sobre rachadinha na Assembleia

Descrição para cegos: imagem de uma cédula de cem reais sendo cortada ao meio por tesoura.

por Rubens Nóbrega (observador credenciado)

Não é correto dizer que o ex-deputado federal Jair Bolsonaro inventou e aperfeiçoou sozinho a rachadinha para transformá-la em ‘negócio de pai pra filho’. Baixo Clero até 2018, e por 28 anos na Câmara dos Deputados, o atual presidente da República já foi acusado de ser pioneiro na apropriação do salário de funcionários fantasmas que empregava em seu gabinete. 

Mais do que uma prática, a rachadinha seria praga invencível nos três níveis de parlamento desde o advento da Nova República. Bolsonaro não estaria sozinho nessa, portanto. A apuração de acusações fundamentadas depende, todavia, da disponibilidade e vontade de uns poucos promotores e procuradores de Justiça. Porque a iniciativa de enfrentar e investigar esse tipo de crime é quase uma exclusividade do Ministério Público no Brasil.