sábado, 25 de novembro de 2023

Por uma mídia sem violação dos direitos humanos das mulheres

Descrição para cegos: e-card da campanha. No alto, centralizado, uma imitação de página de calendário mostra a data 25 de Novembro. Abaixo disso, escrito como se fosse com giz, a frase “Não se cale!” Em seguida, de cima para baixo, leem-se: “Dia Internacional”, “de combate à violência contra a mulher” e “Por uma mídia aliada dos direitos das mulheres” – sempre alternando o tipo de fonte das letras.

Mabel Dias (observadora credenciada)


Hoje, 25 de novembro, inicia-se a campanha dos 10 dias de ativismo pelo fim da violência contra as mulheres. O Brasil ainda é um país onde as mulheres são mortas quase todos os dias, só pelo fato de serem mulheres. Pesquisa do Fórum Brasileiro de Segurança Pública informa que, só no primeiro semestre de 2023, foram registrados 722 feminicídios. A cada 8 minutos, uma menina ou mulher brasileira é vítima de estupro. Neste ano, o Brasil registrou um crescimento de 14,9% dos casos de estupro de vulnerável. Foram 34 mil meninas e mulheres vítimas desse crime! Os dados também fazem parte da pesquisa do Fórum Brasileiro de Segurança Pública.

A mídia no Brasil, que devia ser aliada das mulheres no combate a todas as formas de violência de gênero, ainda é machista e misógina, violando direitos humanos e desinformando sobre as leis que protegem as mulheres no país, como a Lei Maria da Penha. Os principais responsáveis pela violação de direitos humanos e desinformação na mídia são os programas policialescos.

quarta-feira, 8 de novembro de 2023

OBSERVATÓRIO DEBATE

Angélica Nunes lamenta que
o rame-rame também paute
jornalismo político paraibano


Descrição para cegos: foto da jornalista Angélica Nunes durante a gravação do programa, falando no microfone.

Entrevistada ontem (7) pelo Observatório Debate, programa do Observatório Paraibano de Jornalismo (OPJor) no Youtube, a jornalista Angélica Nunes lamentou que o rame-rame ainda seja uma pauta frequente – e relevante, em alguns casos – no noticiário e no colunismo que trata de questões envolvendo a política e os políticos da Paraíba.

“Você percebe que jornalismo político ou colunismo político, aqui na Paraíba, tem muito de rame-rame? Isso não te incomoda?”, quis saber Rubens Nóbrega, observador credenciado do OPJor e âncora do programa. Angélica admite que sim, mas acredita que na Paraíba “as pessoas amam” ouvir, ver e discutir assuntos com base em futricas a mera especulação.

quinta-feira, 26 de outubro de 2023

Observatório Debate

Imprensa brasileira é basicamente pró-Israel, avalia jornalista 

Descrição para cegos: foto do jornalista Maurício Melo durante da gravação do programa. Ele tem diante de si um microfone e na parte central inferior aparece seu nome, tendo abaixo a palavra "Jornalista".

Até visitar a Palestina em 2019, o jornalista Maurício Melo ainda estava impregnado dos conceitos, preconceitos e imagens disseminadas pela imprensa ocidental sobre mais de 2 milhões de pessoas que sobrevivem em condições subumanas ou são mortas às centenas, todos os meses, na Cisjordânia e na Faixa de Gaza. Lá, ele viu e concluiu que tudo é bem pior do que pensava, admitindo hoje que por vezes duvidada de informações oriundas do povo oprimido por Israel, como se tais informações fossem produto de algum “ativismo” dos que resistiam à opressão.

Maurício Melo, 21 anos na profissão que o levou a se tornar referência no jornalismo digital (já criou, editou, instalou ou transformou alguns dos maiores portais noticiosos da Paraíba), participou ontem (25) do Observatório Debate, programa do Observatório Paraibano de Jornalismo (OPJor) transmitido por nosso canal no YouTube. Ele e Rubens Nóbrega, membro do OPJor, avaliaram a cobertura que os veículos de comunicação brasileiros e paraibanos vêm dando ao conflito Israel versus Hamas.

sábado, 7 de outubro de 2023

Observatório Debate

Cláudio Paiva defende jornalismo científico baseado nas ciências humanas

Descrição para cegos: foto de Cláudio Paiva durante a gravação do programa, falando ao microfone

Declarando-se um ‘otimista apocalíptico’, o professor Cláudio Paiva acredita ser possível desenvolver e praticar um jornalismo científico lastreado nas ciências humanas, e não apenas com base no que chama de “ciências duras”, referindo-se à Física, Química e demais ciências exatas.

Convidado desta semana do Observatório Debate, programa do Observatório Paraibano de Jornalismo (OPJor) no YouTube, Cláudio Paiva foi entrevistado na sexta-feira (6) pelo jornalista Rubens Nóbrega. Na entrevista, defendeu o jornalismo científico como fase ou estágio de aperfeiçoamento profissional do próprio jornalismo.

quarta-feira, 13 de setembro de 2023

Observatório Debate

Tragédia é o que desperta a imprensa para questão ambiental - diz professor

Descrição para cegos: foto do professor Saulo Vital durante a gravação do programa, falando ao microfone. 


Em geral, a imprensa abre espaço para questões ambientais quando acontece desastre de graves proporções ou, quando surgem projetos de governo que ameaçam o meio ambiente, procura informações e opiniões dos cientistas apenas para estabelecer algum contraponto com informações e opiniões dos governantes. “Alguns (fazem isso) com tendências”.

É assim que o professor Saulo Vital, doutor em Geociências da UFPB, avalia a cobertura da mídia às catástrofes do clima e programas governamentais nessa área. Segundo ele, se falta à imprensa ir além da cobertura da desgraça, falta ao poder público investir em uma defesa civil qualificada para fazer prevenção e fomentar uma cultura de risco que prepare as pessoas para sobreviver aos desastres naturais.

sexta-feira, 25 de agosto de 2023

Observatório Debate

Tatiana Ramos: jornalista tem que saber trabalhar sob pressão

Descrição para cegos: foto de Tatiana Ramos durante a gravação do programa, falando ao microfone.

“Todo jornalista precisa necessariamente aprender a trabalhar sob pressão”, disse, na última terça-feira (22), a jornalista Tatiana Ramos, Gerente de Conteúdo da Rede Paraíba de Comunicação, em depoimento ao programa Observatório Debate, acessível no canal do YouTube do Observatório Paraibano de Jornalismo (OPJor).

Tatiana entende que a pressão é motivadora, tanto que é um dos requisitos de atributo incluído no processo de recrutamento e seleção adotado pelas empresas onde atua. Ela responde pelo jornalismo das TVs Cabo Branco e Paraíba, rádios CBN de João Pessoa e de Campina Grande, portais G1-PB e Jornal da Paraíba.

quinta-feira, 17 de agosto de 2023

Observatório Debate

Nonato apoia Conselho de Comunicação, porém restrito à divulgação do governo

Descrição para cegos: foto do jornalista Nonato Bandeira durante a entrevista para o Observatório Debate, falando ao microfone.

Entrevistado ontem (16) pelo Observatório Debate, programa do Observatório Paraibano de Jornalismo (OPJor) no YouTube, o jornalista Nonato Bandeira apoia a criação do Conselho de Comunicação Social da Paraíba (CCS-PB), mas defende a atuação do órgão restrita aos meios e ações de divulgação do Governo do Estado.

Secretário de Comunicação Social do Estado, Bandeira entende que o Conselho não deve interferir na esfera privada e concentrar sua competência e atribuições – a serem definidas em lei – ao que produzem e promovem a própria Secretaria que ele dirige e as mídias vinculadas à EPC – Empresa Paraibana de Comunicação.

segunda-feira, 7 de agosto de 2023

Energias renováveis

Sombras e réstias no semiárido









Descrição para cegos: capa do livro “Energia Eólica: contratos, renda da terra e regularização fundiária”. Tem uma foto ocupando todo o espaço onde aparece a bifurcação de duas largas estradas de terra, altas torres com turbinas de geração de energia eólica dotadas de 3 longas pás, rede de transmissão de eletricidade e um céu quase encoberto por nuvens. Sobre a foto, os nomes dos autores e autoras, título e subtítulo da obra.


Por Carmélio Reynaldo (observador credenciado)

Réstias e sombras nos confundem no processo de instalação de usinas de energias renováveis no semiárido. Em um episódio do seriado Para Quem Sopram os Ventos, produzido pela Regional 2 da Cáritas Brasileiras, o agricultor Simão Salgado da Silva, de Caetés, Pernambuco, queixa-se do incômodo das sombras constantes das pás da turbina de energia eólica instalada bem próximo do seu sítio, referindo-se a elas como “réstias”.

Em se tratando da implantação dos grandes empreendimentos de energias renováveis no semiárido, essa confusão entre réstia e sombra eclipsou a percepção de todos e todas, que ficamos na penumbra da falta de informação sobre os projetos.