sexta-feira, 29 de outubro de 2021

Prospera na mídia achincalhe a professores e funcionários da UFPB

Descrição para cegos: ilustração com a seguinte citação: "Com o tempo, uma imprensa cínica, mercenária, demagógica e corrupta formará um público tão vil como ela mesmo", de Joseph Pulitzer. 

por Rubens Nóbrega (observador credenciado)

Universidade pública como a UFPB não é só ensino. É também pesquisa que cria conhecimento novo ou inventa coisa nova para melhorar a vida das pessoas. Universidade pública como a UFPB é também extensão universitária que assiste, orienta, mobiliza e organiza gente que precisa melhorar a sua própria vida.

Professor e aluno de universidade como a UFPB não se limitam à sala de aula, ao contrário do que ocorre na quase totalidade das escolas privadas de terceiro grau. E é graças à multiplicidade de funções e missões das universidades federais e estaduais que delas saem os profissionais mais bem preparados para a gestão pública ou iniciativa privada.

No magistério ou na magistratura, na medicina ou na engenharia, na química ou na biologia, na administração ou cultura, o ensino superior público e gratuito ministrado na Paraíba é responsável pela formação mais completa e qualificada da melhor força de trabalho com que contam governos e empresas de todos os ramos.

Difícil imaginar a Paraíba sem universidades públicas. Especialmente sem a UFPB. É o terceiro maior orçamento público no Estado onde executa anualmente despesas da ordem de R$ 2 bilhões em salários, encargos, compras e investimentos. Ao mesmo tempo, forma em média 3,5 mil alunos e seleciona e matricula outros 30 mil a cada ano.

Por que, então, um patrimônio dessa importância é tão frequentemente vilipendiado, sobretudo na mídia e em redes sociais, onde agressivos insultadores chamam de vagabundos os professores e funcionários que questionam volta às aulas presenciais na pandemia em curso e sem cuidados mínimos contra a Covid que ameaça saúde e vida de todos?

Em qualquer outro lugar do mundo minimamente civilizado, não prosperariam ofensas dessa qualidade diante do que representa e significa uma UFPB. Deploravelmente, contudo, o achincalhe ganha vez e voz em rádio, tevê e aplicativos de interações pessoais onde se multiplicam manifestações de repulsa e desqualificação do que é público.

Mais lamentável ainda é perceber que o espaço aberto aos militantes digitais ou vocais do ódio é proporcional à irresponsabilidade jornalística de comunicadores populares, especialmente esses, que por ignorância ou má fé acolhem, apoiam e reproduzem tais infâmias sem sequer ponderar a ignorância e torpeza ideológica que movem os infamantes.

Impossível, de outro lado, ver, ler ou ouvir nos mesmos veículos, com a mesma regularidade, semelhantes injúrias dirigidas aos poderosos de momento em qualquer outra esfera. Afinal, diferentemente do que podem fazer contra mortais servidores públicos, esses ‘influenciadores’ jamais tratariam como vidraças quem lhes banca o estilingue. 


Um comentário:

  1. Esse conluio mercantil é utilitarista da imprensa patrimonial, de origem em "clãs" e famílias elitistas, esses comunicadores popularesco e toscos, estão a serviço ou desserviço de quê ou de quem ao atacar a universidade pública no seus corpos discente e docente?! Afinidade ideológica neofacista com a realidade terraplsnista que vivenciamos ou investimento no caos via ações de decrepitude e atraso de um processo de decadência e imbelicizacao social e cultural com as velhas intenções políticas de dominação e exploração popular?!! Hã? Heim?

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