Imprensa passiva diante das super aglomerações em shows na Paraíba
Por Rubens Nóbrega (observador credenciado)
"A imprensa vem cobrindo de forma passiva a questão da
capacidade de público e dos protocolos sanitários em shows que acontecem ou
estão para acontecer em breve na Paraíba, em pleno agravamento da pandemia da
Covid e nova epidemia de gripe".
A constatação é de jornalista que enviou hoje (12) ao blog
suas observações sobre a questão, na forma das considerações a seguir
reproduzidas. Por razões profissionais e opção da fonte, a autoria do texto não
será revelada e sua identidade, preservada.
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Colegas,
Um programa de rádio do meio-dia informou ontem (11) que o Fest Verão teria vendido apenas 15 mil ingressos, que seria metade (50%) da capacidade do evento, como medida de contenção à pandemia.
Depois, informou que após a péssima repercussão do primeiro dia do evento, a Prefeitura de Cabedelo anunciou a redução da capacidade dos shows de 80% para 60%.
Só que não fizeram uma conta simples: se com 50% da capacidade houve aquela aglomeração escandalosa, imagine, agora, ampliando essa venda de ingressos para 60%!
Se, no primeiro dia, o evento vendeu 15 mil, agora, com a “redução”, vai poder vender 18 mil ingressos.
Tem um dever de casa que a imprensa não está fazendo: perguntar qual a capacidade de cada evento e quanto o percentual de 80% e 60% de redução representa em número de pessoas em cada show.
Na minha opinião, isso significa que a imprensa vem cobrindo de forma passiva a questão da capacidade de público e dos protocolos sanitários em shows que acontecem ou estão para acontecer em breve na Paraíba, em pleno agravamento da pandemia da Covid e epidemia de nova gripe.
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